quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Presentes de 2012

 "Nos encontramos nas palavras.
 Você me ajudou a curar as dores com elas."
Daniela Lusa


Aperte o play e sente o drama ;)


 Fim de ano. Melancolia. Saudade. Alívio.
"Ufa, ainda bem que esse ano está acabando!"- dizem em uníssono pelos corredores da vida. E eu estou aqui, agradecendo por mais um ano de aprendizado que a vida me deu. 

Confesso que esse ano de 2012 não foi fácil, pelo contrário, ele foi todo errado, estupidamente torto. As decepções me assombraram nos primeiros dias de janeiro e isso se alastrou durante todo o ano. Acho que esse ano bateu o recorde de dores e chateações. Acho que esse, foi pra mim, o ano da superação. Inacreditavelmente, eu me superei.
Eu caí feio e ralei os joelhos. Quebrei parte do meu coração e parte da minha fé se feriu. A minha fé no ser humano quase dissipou-se. Se não fosse pelos presentes que Deus me enviou como recompensa pela minha perseverança, não saberia se ainda seria capaz de acreditar. Ainda bem que existe o perdão. Ainda bem que existe o recomeço. Ainda bem...
Desatei meu nós pra refazer meus laços. Deixei de criar expectativas por não suportar o peso delas. Aprendi a administrar sentimentos para que meu coração não fosse a falência. E acho que agora, estou aprendendo a viver. Tem uma obra em construção dentro de mim.

Acho que mesmo com toda a dor que esse ano me trouxe, ainda tenho muita coisa a agradecer. 
Agradeço por mais um ano de vida. Agradeço por ter as pessoas que eu amo ao meu lado. Agradeço pelo príncipe imperfeito que Deus me enviou. Agradeço pelas decepções que me fizeram aprender. Agradeço pelos laços de amor que se firmaram no decorrer desse ano. E agradeço principalmente, pelas pessoas que eu ganhei. Elas entraram na minha vida por acaso e permaneceram por obra do destino. Sim, eram a esses presentes que eu me referia acima. Ganhei de Deus, pessoas lindas e verdadeiras, pra cuidar e amar. 
Não ter deixado de acreditar no ser humano, foi um bom negócio, porque essas pessoas me abraçam com palavras e me seguram toda vez que estou caindo. E apesar dos joelhos ralados e do medo de voltar a me machucar, acreditar é o que ainda me mantém de pé. 


Detesto não encontrar palavras certas pra demonstrar o que eu sinto, por isso, deixo aqui o meu muito obrigada a vocês, presentes de 2012:


Eu (es)colhi vocês pra semear amor. 

Feliz 2013!
 Desejo que cada dia desse novo ano, seja uma possibilidade de recomeço.
(Para mim, para vocês e para o mundo!)


(Alessandra Rocha) 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Saudade que escorre pelos olhos


Estou com sintomas de saudade. Daquele tipo que aperta o coração e escorre pelos olhos. 
Saudade dos domingos ensolarados e dos risos despretensiosos. Dos abraços espontâneos e das palavras de cuidado. Do seu me entender mais do que eu mesma. Da sua mania de dar tapas sempre que eu te irritava um pouquinho. Tenho saudade até do seu jeito meio grossa de responder a uma simples pergunta. Sinto falta da sua risada de "nikito" e do seu jeito todo singular de ser. Tenho saudade de quando um abraço seu me curava e da sua mão que me segurava quando eu caia. 
Tenho saudade de quando eu te colocava em meu colo e dizia que tudo ficaria bem. Sempre ficava, não é mesmo?
Sinto falta de te ouvir gritar, brigar, sorrir, chiar. Tenho saudade das confidências que trocávamos e dos filmes que assistíamos com frequência. Sinto falta de sermos Yin e Yang
Sinto saudade dos nossos dias e do que costumávamos ser. Lembro dos aniversários que eram únicos ao seu lado e das cartas que trocávamos nessas datas especiais. Até isso se perdeu.
Lembra dos vídeos que fazíamos quando o tédio do domingo nos pegava? Eu lembro.
Eu espero que as lembranças que vagam aqui nos meus pensamentos, estejam imortalizadas em seu coração. Porque hoje essa saudade apertou. Doeu. Me sufocou. E tá doendo tanto, que enquanto eu escrevo, as lágrimas não param de cair.
A vida tomou seu rumo e tornou-se impassível de mudanças. Meu desatino é te ter tão perto (no meu coração) e te sentir tão distante do que fomos um dia. Dói!
O que me dói, é saber que você não é a mesma. Sim, eu também não sou. Mas te amo como sempre amei. 
Dói mais ainda, saber que nada mais será como antes. Não seremos mais o que fomos um dia. Tudo que vivemos passou e nunca mais será igual. Nunca mais?   



(Alessandra Rocha)

sábado, 1 de dezembro de 2012

Vago

Devagar vaguei pra longe, divaguei em mim 
A intenção da poesia rimada se foi
Sobrou apenas, os rascunhos do fim.

Frustrei-me ao tentar, 
broxei e quis parar.

Não me fiz entender,
nem parei pra pensar.

Você que me lê não entende, 
tampouco sei me entender.
Eu só queria falar
Eu precisava esquecer.


(Alessandra Rocha)