quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Saudade que escorre pelos olhos


Estou com sintomas de saudade. Daquele tipo que aperta o coração e escorre pelos olhos. 
Saudade dos domingos ensolarados e dos risos despretensiosos. Dos abraços espontâneos e das palavras de cuidado. Do seu me entender mais do que eu mesma. Da sua mania de dar tapas sempre que eu te irritava um pouquinho. Tenho saudade até do seu jeito meio grossa de responder a uma simples pergunta. Sinto falta da sua risada de "nikito" e do seu jeito todo singular de ser. Tenho saudade de quando um abraço seu me curava e da sua mão que me segurava quando eu caia. 
Tenho saudade de quando eu te colocava em meu colo e dizia que tudo ficaria bem. Sempre ficava, não é mesmo?
Sinto falta de te ouvir gritar, brigar, sorrir, chiar. Tenho saudade das confidências que trocávamos e dos filmes que assistíamos com frequência. Sinto falta de sermos Yin e Yang
Sinto saudade dos nossos dias e do que costumávamos ser. Lembro dos aniversários que eram únicos ao seu lado e das cartas que trocávamos nessas datas especiais. Até isso se perdeu.
Lembra dos vídeos que fazíamos quando o tédio do domingo nos pegava? Eu lembro.
Eu espero que as lembranças que vagam aqui nos meus pensamentos, estejam imortalizadas em seu coração. Porque hoje essa saudade apertou. Doeu. Me sufocou. E tá doendo tanto, que enquanto eu escrevo, as lágrimas não param de cair.
A vida tomou seu rumo e tornou-se impassível de mudanças. Meu desatino é te ter tão perto (no meu coração) e te sentir tão distante do que fomos um dia. Dói!
O que me dói, é saber que você não é a mesma. Sim, eu também não sou. Mas te amo como sempre amei. 
Dói mais ainda, saber que nada mais será como antes. Não seremos mais o que fomos um dia. Tudo que vivemos passou e nunca mais será igual. Nunca mais?   



(Alessandra Rocha)

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