quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Me Salvando

E o que você faria se não houvesse uma segunda chance?
Se não houvesse um porto, uma saída ou um plano ' B '? 

O que você faria se só lhe restasse algumas horas?
Aposto que você iria querer ter a chance de olhar mais uma vez o brilho do sol, ou sentir pela última vez  a brisa do mar. Você iria querer falar para cada pessoa importante na sua vida, o quanto a ama...
Você iria querer aproveitar cada segundo da sua música preferida,você iria admirar cada cor do céu mesclando-se com a luz rosa alaranjada do pôr-do-sol. 
Você iria querer abraçar, beijar e dizer Eu Te Amo ao seu grande amor, mesmo que o mesmo tenha lhe magoado e lhe feito sofrer como ninguém, mas, mesmo assim nada impedirá essa vontade absurda de fazer.' É a minha última vez ' dirá.

 Sim ,e também será a sua última vez de ver o mar e perceber quão lindo são as ondas baterem nas rochas, e quão lindas e encantadoras são aquelas pedrinhas que elas trazem até a praia. Será sua última vez de olhar o cotidiano que sempre passou por você, mas a pressa te impedia de enxergar a graça e a leveza em cada pessoa a sua volta. A criança que sorri para o pai, os idosos que caminham de mãos dadas pela calçada, o marido que sai da floricultura sorridente ao levar um buquê de flores a sua esposa, a menina que ajuda o cego a atravessar a rua.Quantas coisas você deixou de ver e perceber enquanto tinha todo o tempo do mundo? Quantas coisas você deixou de fazer, porque sabia (ou achava) que teria o amanhã ? 
Quantas coisas você deixou de dizer para as pessoas por causa do seu orgulho,e hoje tudo o que você queria era abrir a boca, o coração e dizer, gritar, falar tudo o que nunca teve coragem ?
Quantas vezes, quantos dias, quantos momentos você deixou passar,virar nada, virar pó ? 
Pois agora, só lhe restam cinco minutos. Cinco minutos para fazer tudo o que você não fez, pra dizer tudo o que você não disse, pra ver tudo o que você não viu... 

Mas e se esses míseros minutos não forem o bastante (e não são), o que lhe restará a fazer? 
Creio que nada. 


Pois então, aproveite, porque essa foi uma suposição. Foi apenas um pensar, refletir a respeito.
O que você tem feito da sua vida? 

Tem deixado passar cada dia como se o amanhã fosse existir pra sempre?
Pois bem, se é isso que o Senhor(a) está fazendo, coloque a cabeça para pensar e reflita que o amanhã pode não chegar, e então não haverá mais tempo para arrependimentos.
Pense que o que é simples hoje, pode ser a única coisa da qual você queira se lembrar no seu último dia de vida. 
Pense que o seu orgulho de hoje, te afastou da pessoa que você mais sentirá falta no seu último suspiro. 
Pense, pense, pense. E comece, de fato a agir de acordo com a frase mais clichê do mundo : ' Viver como se não houvesse o amanhã ' 



P.S:Savin' Me do Nickelback é uma das minhas músicas preferida, esse clipe consegue de uma forma mágica mostrar o sentido da vida e
 escrevendo esse texto encontrei uma forma de compartilhar a mensagem que ele me transmitiu. 




(Alessandra Rocha )


Medo de se Apaixonar



Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.

Fabrício Carpinejar

Filofobia: Do Latim filo: amor, fobia: medo
Medo de se apaixonar/estar apaixonado (a)

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