quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Corda Bamba


Estou numa corda. Andando. Pensando. Centrada no meu objetivo, ansiosa por atingir as minhas metas. Essa corda está bamba. Como se um vendaval passasse por mim vez ou outra tentando me derrubar e acabando de vez com os sonhos de duas décadas. Essa corda é firme. As vezes, a brisa acalma o meu nervosismo e a minha ânsia por querer chegar ao fim vitoriosa. Não é fácil andar nessa corda, ela é instável. E eu? Mais ainda! 
Ambas padecemos do mesmo mal: a incerteza sobre o que nos aguarda. Ela pode se romper a qualquer momento e me fazer perder as forças para continuar seguindo em frente. O que me ampara em certos momentos são os alicerces ao lado dela, que chamo aqui de família, amigos e sonhos. Doces sonhos.


Esses alicerces são fortes e brandos. Eles estão dispotos a segurar o meu corpo quando (em questão de segundos) eu me desequilibrar. Os obstáculos, eu devo atravessar sozinha. Caindo, tropeçando, sofrendo, chorando. São esses obstáculos que formarão o que eu serei. São eles que me ensinarão como andar e como me equilibrar em outras caminhadas. Atualmente, furacões e tempestades vindos de todos os lados, ameaçam o meu desempenho na corda. Ela está mais bamba que o normal. Pensei até em desistir. Pensei em parar com tudo. Foi então, que algo muito forte e esquecido no âmago do meu ser se reacendeu, trazendo forças e recursos para eu continuar, mesmo que lentamente. Essa força sublime, chama-se FÉ. É ela que me faz continuar nessa corda, mesmo quando não acredito em nada mais. Mesmo quando todos os vendavais me atormentam e me fazem estremecer.
Para andar nessa corda, é necessário mais que alicerces, é necessário crer que a força divina está guiando o seu caminho, traçando-o de uma maneira essencial. De forma que você cresça e amadureça, entendendo que tudo contribui para o seu crescimento.
Mesmo que doa, mesmo que faça sofrer, tudo passa! O que fica apenas, é o conhecimento. Conhecimento valioso pra continuar seguindo em frente. Por isso continuo andando, tropeçando, caindo e levantando nessa enorme corda bamba que se chama VIDA.


Alessandra Rocha

Nenhum comentário:

Postar um comentário