Ela navegava no mar do mundo. No mar do mundo dentro do seu próprio ser.
Ela cruzou os oceanos e as margens de si. Encontrou-se com os monstros que ela mesma criou. Ficou frente a frente com o maior de todos eles: o Medo.
Ela procurou por abrigo. Desejava ser naufrágo só, mas em terra firme.
Ela viu suas ondas se quebrarem. Ela sentiu a maré cheia dos seus olhos. Correu das suas tempestades interiores e superou os tsunamis que reviravam tudo por dentro.
Ela procurava terra à vista. Estava em busca de um cais ou de um porto qualquer.
Ela navegava pra longe, bem longe em busca de respostas, indícios, sinais...
Ela navegou buscando se encontrar. Ela é navegante na eterna busca de si.
Alessandra Rocha
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