segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

De quantos “Eu te amos” se faz o nosso amor?

Faz tempo que não escrevo. 

Faz tempo que não falo das coisas de dentro. Faz tempo que não falo (também) das coisas de fora. 
Hoje em dia, dormimos e acordamos juntos, falamos sobre inúmeros assuntos, nos abraçamos, nos beijamos e ficamos nos olhando em silêncio perpetuando esse sentimento que cultivamos até aqui. Mas nem sempre falamos de nós e dos nós que agora nos cerca.
Nem sempre falamos dos emaranhados de sentimentos que nos levaram aonde chegamos. 


Hoje, casados, temos a certeza de que realizamos o maior dos nossos sonhos. O sonho que foi sonhado junto e que junto foi possível alcançar.
Hoje, o "Eu te amo" proferido de mansinho numa conversa, depois de um beijo, no meio do jantar, após uma guerra de cócegas ou depois de uma DR, ganhou uma tonelada de verdade. O nosso amor ganhou esse peso porque agora conhecemos o mais íntimo do outro. Conhecemos os defeitos, as falhas, as manias. Conhecemos o que o outro nunca mostrou pra ninguém.
De quantos "Eu te amos" se faz o nosso amor? De quanto amor se faz um "Eu te amo"?
O "Eu te amo" passou a fazer sentido pra mim quando mais do que amar você, eu passei também a amar tudo o que você trouxe consigo. 
Hoje o meu "Eu te amo" tem esse peso de verdade, porque você se entregou pra mim nu   -de corpo e alma- e não teve medo do que eu pudesse pensar.
Hoje o meu amor por você é o amor que eu quero ter pelo mundo. É o amor que eu quero levar para onde eu for. Porque eu te amo de qualquer jeito e do jeito que você é. 

Eu te amo quando você deixa a sua barba assim por fazer. Eu te amo quando você me abraça e coloca minha cabeça no seu peito nu. Eu te amo quando você insiste na mania de deslizar repetidamente o seu dedo polegar no indicador enquanto conversa. Eu te amo quando você fica tímido quando eu te olho por mais de 5 segundos. Eu te amo quando você compara alguém que conhecemos com o personagem de algum filme. Eu te amo quando você sorri, fala e gargalha. Eu te amo quando antes de ir trabalhar você me abraça e diz que me ama. Eu te amo quando você canta pra mim. Eu te amo quando você imita o Paulo Ricardo (e me faz rir demais). Eu te amo quando você, com seu jeito desastrado, tropeça em alguma coisa pela casa. Eu te amo quando você me olha confuso com alguma palavra que eu falei. Eu te amo quando você banca o palhaço e me faz rir de tudo. Eu te amo quando te vejo dormir e mais ainda quando te vejo acordar. Eu te amo por isso e por mais de mil motivos que não caberão aqui. 

E de tudo isso, ainda não achei palavras que possam mensurar a felicidade que eu sinto em dormir e acordar ao seu lado. Você é a minha definição de paz.



Quero apenas que fique claro que eu não escrevi esse texto pra você. Escrevi esse texto pra mim. Pra me lembrar todos os dias que eu não preciso de motivos pra te amar. 

Eu te amo e ponto final.


Alessandra Rocha










Nenhum comentário:

Postar um comentário