segunda-feira, 2 de junho de 2014

Quando escrevo

Tenho tanta coisa pra te falar. Mas acontece que toda vez que olho dentro dos seus olhos e me encontro no seu olhar, faltam-me as palavras.
Sempre que me aproximo e você me acolhe dentro do seu abraço, eu prorrogo o que preciso dizer para  amanhã,  e esse amanhã sempre é prorrogado para o outro dia.
Cada vez que mexo meus lábios na intenção de dizer-lhe o meu sentir,  você me cala com seus beijos. E eu me perco, e eu me entrego, e eu me encontro, e eu te encontro, e eu me perco ainda mais.
Quando meu corpo tenta também falar, seu toque o anestesia e ele se torna mais seu do que já foi meu um dia. Então eu escolho o silêncio, porque o silêncio também fala, mas nem ele é suficiente pra dizer tudo o que eu sinto por você. Portanto eu escrevo, porque escrevendo eu consigo organizar as palavras que dançam e se embaralham no meu ser. Assim as palavras não me faltam, as emoções não atrapalham e o meu amor se multiplica. Porque é somente quando escrevo que eu consigo te imortalizar para sempre dentro de mim.

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