sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Ele sempre soube - Um ponto final, um recomeço


                                                                                                                                  ''Engraçado que quando a gente 
pára de acreditar em “amor da vida”,
um amor pra vida da gente aparece.''


Fernanda Melo


Eu andava meio assim, calada, quieta, inquieta e desacreditada.
Desacreditada, contudo, no amor.
SIM, meus caros. Embora eu já tivesse encontrado o amor, ele havia se perdido de mim e parecia que nunca mais me encontraria. Parecia...
Eu sempre fui calma e tolerante, sempre levei a risca o que meus pais me aconselhavam. Afinal, eles já viveram e passaram por muita coisa, logo, eles entendem mais do mundo do que eu.
Eu percebi, depois de alguns anos, como eles estavam certos. E a melhor coisa que eu fiz, foi sempre obedecê-los e aguardar calmamente que as coisas acontecessem (naturalmente) pra mim.
Bem, depois que o amor fugiu de mim, eu comecei a me preocupar com tudo que não estivesse ligado a ele. Ou seja, passei a me preocupar com o futuro, arrumei trabalho, fiz minha faculdade. Sempre me preocupei com a minha independência, e é isso que almejo.
Meu único desejo até o momento era ser bem sucedida na profissão, edificar minha família e conservar os (poucos) amigos verdadeiros que tinha.
Na virada de 2010 para 2011 eu fiz várias promessas (que nunca foram cumpridas) e fiz vários pedidos, do qual apenas um foi atendido. Esse pedido se realizou em 2011, e, diga-se de passagem, mais rápido do que eu pensei.
Pedi para esquecer um amor que durou 6 anos. ISSO mesmo. 6 anos de dor, angústia, e sofrimento. 
Pois é. Quem mais além de mim iria fazer um pedido desses?
Menina sonhadora e confiante que sempre fui, acreditava que tudo era simples, fácil e bom.
Minha vida deu muitas voltas em 2011, me deparei com 1 criança e  1 homem.
A criança era um “rapaz” que despertava encantamentos a base de mentiras e segundas intenções, imaturo e irresponsável, não queria nada sério. E depois de sofrer uma vez, minha mascara de bobinha foi aposentada e desse tipo de cara eu fugi para bem longe.
Já o homem, era um “rapaz” sério, amável e fácil de amar. Porém, inocente fui eu ao pensar que o amor pode nascer quando a gente quer. O amor acontece quando menos esperamos. E isso era fato irrevogável para mim.
Esse homem se entregou de corpo e alma, esse homem poderia morrer por mim, e eu vi que não seria justo continuar com algo que não me levaria a lugar nenhum. Terminei antes que começasse. Coloquei um ponto final numa história linda de amor que jamais chegou a acontecer, porque seria uma história de amor unilateral, e a partir de então, não seria mais tão linda assim.
Entre tantos pontos finais, no meio dessas reviravoltas, me dei conta de que tinha esquecido o objeto de amor que me marcou durante anos. Pergunto-me se é por isso que dizem que o 1° amor a gente nunca esquece. Sim, esqueci de dizer no início, o cara de quem gostei por 6 anos foi meu 1° amor. E sabe, eu o agradeço tanto, pois foi através de tudo que senti por ele que eu amadureci e aprendi.
Aprendizado válido para uma vida inteira. Ele me preparou para o que estava por vir.
Sim. Foi esse o motivo de não termos ficados juntos. Não era, nem nunca foi ele. E isso eu descobriria tempos depois...





(Alessandra Rocha )

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